quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Crítica a Falta de Leitos nos Hospitais Cearenses

A carência por leitos de internação, principalmente de vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – que muitas vezes precisam de transporte em UTI Móvel (também atualmente de difícil acesso em diversos municípios), causa um grande caos na saúde pública do Estado do Ceará.

Em matéria publicada em 17/02/2011, no portal Verdes Mares, o Jornal Diário do Nordeste informa que “Com o período chuvoso, os casos de viroses aumentam por todo estado. Com aumento da demanda de pacientes, muitos hospitais não estão preparados, acarretando um falta excessiva de leitos. O problema, que antes era exclusivo dos hospitais públicos, se expandiu para a rede particular. O presidente da federação brasileira de hospitais, Aramicy Pinto, disse que a prioridade é diminuir o número de cirurgias não emergenciais para que os leitos aumentem. "Com essa medida, esperamos ter um aumento de 50 a 60 leitos clínicos", destacou o Aramicy” http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=312095&modulo=178.

O Jornal O Povo confirma a superlotação até na rede de hospitais particulares com outra notícia publicada também no dia 17/02/2011 que diz: “A grande procura de pacientes com sintomas de viroses acaba lotando as unidades. Os hospitais particulares de Fortaleza não fogem à regra”. Na matéria apresentam-se informações de grandes hospitais particulares de Fortaleza como São Mateus, Monte Klinikum, São Carlos, Antônio Prudente administrado pelo HapVida, Hospital Regional da UNIMED. Para ler a matéria completa acesse: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2011/02/17/noticiafortalezajornal,2103213/hospitais-da-rede-particular-estao-lotados.shtml.

Já com relação aos leitos de UTI, o Jornal Diário do Nordeste publicou dia 23/02/2011 matéria informando que os hospitais da rede pública de saúde têm 90 dias para instalação de novos leitos de UTI Neonatal. A matéria informa que “a União, o estado do Ceará e o município de Fortaleza têm 90 dias para iniciar as ações para instalação e funcionamento de novos leitos de UTI Neonatal nos hospitais credenciados pelo SUS. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que atendeu pedido do Ministério Público Federal. Medida é para evitar superlotação e situações extremas. Em 2002, 13 bebês prematuros morreram por infecção hospitalar A medida é para evitar superlotação e situações extremas como a que aconteceu 9 anos atrás, quando 13 bebês prematuros morreram por infecção hospitalar, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, da Universidade Federal do Ceará (UFC)” http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=312484&modulo=178.

Sendo assim, precisamos que outras providências sejam tomadas pelo Ministério Público Federal para defender os direitos dos cidadãos cearenses e aguardamos que as autoridades públicas locais façam seu papel, não apenas quando forem cobradas pelos órgãos de fiscalização, mas sempre que for necessário defender a saúde dos cearenses.

5 comentários:

  1. Penso que seja positivo as atitudes dos órgãos em discutirem o assunto e apresentarem propostas, mas postergarem as cirurgias não emargênciais vão apenas aliviar a curto prazo aumentando o nº de leitos, vai ser um efeito dominó, que causará pioras futuras, sem contar que o atendimento quanto a qualificação e quantidade dos profissionais em atendimento nem foram citados.

    MEU BLOG http://saudepubllica.tuningblog.com.br/

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  2. Miotp se tem dito a esse respeito, entretanto uma coisa é certa: a política de hierarquização do SUS ainda é uma fantasia: busca-se o IJF para atendimento de unha encravada, por exemplo. Associe-se a isso uma população bastante desinformada e carente de políticas de educação em saúde e temos o nosso atual problema, que na maioria das vezes é desviado de seu foco por conceitos errôneos como o de aumentar o número de leitos hospitalares para trazer mais saúde a população....Hora ! É certo que os leitos são muito importantes, mas também vale lembrar que uma população que sabe agir com higiene e se cuida em termos de saúde( com ações preventivas) necessita menos dos tais leitos. Boa semana.

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  3. Realmente, se tivéssemos uma ideal política de prevenção de doenças e acidentes, iriam sobrar leitos. Mas, como atualmente a situação é caótica , ou seja, de difícil solução a longo prazo e impossível resolução imediata, precisamos de mais leitos sim.

    Digo até que se melhorássemos a gestão do SUS, a demanda continuaria grande, porque boa parte dos que fogem do atendimento da rede pública de saúde iria migrar para o “novo SUS melhorado”. Então, por exemplo, muitas das pessoas que ocupariam leitos na rede particular (pagando planos de saúde a contra gosto ou com sacrifício) ou que iriam preferir ficar sofrendo em casa (por não poder pagar atendimento particular) voltariam a ter interesse pelos leitos do suposto “novo SUS melhorado”.

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  4. É verdade Madalena. Isso que escrevi diz respeito a uma "falsa demanda", aquela da situação atual, mas você foi mais acertiva.

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  5. Corrigindo "caótica," (a vírgula se revoltou e decidiu ficar sozinha no meu comentário anterior).

    Realmente é uma pena que a regulação de leitos muitas vezes seja ignorada e o trabalho de prevenção de doenças e acidentes ainda é tão pequeno. Tem um rapaz do posto de saúde do meu bairro que às vezes passa aqui em casa com algumas informações, certa vez conversamos sobre essa política de prevenção de doenças. Ele disse que a Prefeitura de Fortaleza está mais ligada nessa questão. Muitos assuntos são abordados, mas pelo que venho observando, o foco parece estar mais nas vacinações..

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